Estudantes de Escola Estadual Digigov Santana fazem mostra de trabalhos em alusão ao Dia da Consciência Negra
Os 700 estudantes da Escola Estadual Professora Eliane Digigov Santana, em Cuiabá, realizaram, nesta sexta-feira (21.11), um evento em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado no último dia 20. Em conjunto com todos os professores de Ciência Humanas, o objetivo do projeto “Escravo nem Pensar” foi conscientizar estudantes e seus familiares sobre o trabalho escravo e trabalho infantil.
Durante todo o dia, foram realizadas palestras, apresentações de danças regionais, apresentação do projeto EducArte, desfile de personalidades negras, além de visitas às salas temáticas relacionadas com a Política Antirracista da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), que é desenvolvido em todas as 648 escolas da rede estadual.
“A gente desenvolveu o Escravo nem Pensar em trabalho conjunto com todos os professores e alunos do ensino médio. Os estudantes formaram grupos em que cada um produziu o seu trabalho e hoje foi feita a mostra com maquetes e cartazes. Alguns grupos trabalharam com o tema empreendedorismo, principalmente as turmas do terceiro ano do ensino médio”, explicou.
Mirela Figueiredo está no 3º ano e desenvolveu junto com os colegas o trabalho sobre produtos afrodescendentes. “A gente fez uma logo de empresa fictícia para representar o projeto chamado Nagoma. O intuito foi trazer a cultura afro às pessoas para ter mais conexão com essa ancestralidade. A importância do nosso projeto foi mostrar de onde a gente vem, saber da nossa história, saber quem construiu o nosso país”, contou.
Já a Rebecca Sargesson, de 17 anos, também do 3º ano, explicou que desenvolveu com o seu grupo o projeto contra o trabalho infantil. “Fizemos uma maquete do trabalho agrícola com exploração infantil e também sobre trabalhos em fábricas infantis. O nosso objetivo é mostrar que uma criança não deve trabalhar, ela deve crescer e viver como uma criança”, disse.
O coordenador pedagógico da escola, João Silvério da Silva, finalizou falando sobre a importância das apresentações das culminâncias. “Trouxemos apresentações com palestras voltadas às mulheres negras. Foi um espaço para trazer a cultura dos povos africanos. Então, é de grande relevância ensinar os nossos alunos sobre o tema envolvendo-os no projeto, criando as próprias maquetes e salas temáticas”, acrescentou.