Produção de soja em 2024 é revisada para baixo após enchentes no RS, estima Abiove
Nesta terça-feira (18), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou para baixo a estimativa de produção de soja do Brasil em 2024, devido aos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. Além disso, a receita prevista com as exportações do complexo da oleaginosa também será menor do que o esperado, em razão de preços mais baixos.
Em uma atualização mensal, a associação, que representa tradings e processadores de soja, reduziu a projeção de safra de soja do Brasil para 152,5 milhões de toneladas em 2024, 1,4 milhão de toneladas abaixo da estimativa anterior, de maio.
A Abiove já havia antecipado uma previsão aquém do inicialmente projetado, devido à seca que afetou alguns estados, como o Mato Grosso.
Dessa forma, a produção ficará mais distante do recorde de 160,3 milhões de toneladas registrado em 2023.
Apesar de reduzir a projeção da safra, a Abiove manteve inalterada a previsão do volume exportado de soja em grão pelo Brasil, maior exportador e produtor global da oleaginosa, em 97,8 milhões de toneladas em 2024, ante o recorde de 101,87 milhões no ano anterior.
Para isso, a Abiove diminuiu a projeção de estoques finais para 4,1 milhões de toneladas, ante 5,3 milhões previstos anteriormente.
Além disso, a associação elevou a estimativa de importação de soja pelo país neste ano para 800 mil toneladas.
A Abiove não alterou outros números relacionados à oferta e demanda do complexo soja, mas reduziu a receita total prevista com as exportações do grão e derivados (óleo e farelo) para US$ 54,13 bilhões, ante US$ 56,57 bilhões na previsão anterior, devido à queda nos preços.
Na temporada anterior, o complexo soja registrou um recorde de US$ 67,3 bilhões em receita de exportações.
De acordo com a Abiove, as exportações do grão deverão atingir US$ 44 bilhões em 2024, ante US$ 53,2 bilhões no ano passado.